Sinopse
“Minha próxima etapa foi criar o América Cine Fonema, processo de sonorização do cinema – isso ainda em Pouso Alegre. Fiz uns 8 filmes curtos para apresentação desse processo. Criei um sincronismo das imagens do projetor com o aparelho reprodutor que era… um gramofone. Isso foi conseguido através de umas hastes metálicas feitas de modo a serem instaladas em qualquer cinema, não importando o tamanho. Cheguei a explorar meu invento em várias cidades do interior. O primeiro filme – que apresentava minha ideia – mostrava um palco, construído nos fundos do cinema Iris, o meu cinema. Lá, coloquei um piano e umas cadeiras, como se fosse uma sala de visitas. Arranjei uma pessoa para ser o apresentador, outra para tocar um trechinho da música ao piano”… Continuando seu depoimento, Almeida Fleming afirma que o processo foi um sucesso “tanto que era desmontável. Eu ia em uma cidade e só levava o gramofone, para acoplar no projetor do cinema local. Essa experiência foi em 1920/21. A duração de cada um dos meus filmezinhos era a de um disco de 78 rotações, o padrão daquele tempo. O processo de gravação era mecânico; aluguei uma máquina gravadora, naturalmente muito precária, vinda do Rio. Outro filme mostrava o desafio entre dois caipiras, rodado ao natural”. (MRG/MGEF, citando depoimento de Almeida Fleming in Minas Gerais, Suplemento Literário, 30.12.1978, p. 5)
“Faz experiências realizando comerciais e curtas, entre eles, Pouso Alegre (1918).Em 1920 funda a América Filme e dirige oito curtas, entre eles: Desafio de caipiras, Canção de Cabaru e Capital Federal.” Esse filme pertence a provavelmente um desses grupos.
(Dicionário de cineastas brasileiros, Luiz F.A. Miranda, p. 144)
Produção, Fotografia e Câmera: Francisco de Alemida Fleming
P & B, 35mm
Curiosidades:
Feito em Pouso Alegre, Minas Gerais.