Mateus Araújo, Lívia Azevedo e Luís Alberto Rocha Melo

Resumo

Num exercício de revisita a Limite (Mário Peixoto, 1931) por ocasião das discussões sobre o modernismo brasileiro travadas no centenário da Semana de Arte Moderna, o artigo questiona o postulado historiográfico segundo o qual o filme não teve precursores nem sucessores no Brasil. Concentrando-nos no caso dos sucessores, apontaremos três dimensões da posteridade de Limite no cinema brasileiro: 1) a apropriação de imagens do longa por filmes de caráter historiográfico; 2) a iconografia que reforça o leitmotif da decadência e da morte em situações de precariedade material; 3) o trabalho de autonomização visual da câmera e a narrativa estruturada pelo retrospecto agônico dos personagens. 

palavras-chave: Limite; Mário Peixoto; Modernismo; Cinema comparado; Cinema experimental

Abstract

Revisiting Limite (Mário Peixoto, 1931) on the occasion of the discussions on Brazilian Modernism held on the centenary of the Semana de Arte Moderna, the article questions the historiographical postulate according to which the film had no precursors or successors in Brazil. Focusing on the case of the successors, we will point out three dimensions of Limite’s posterity in Brazilian cinema: 1) the appropriation of images from the feature by historiographical films; 2) the iconography that reinforces the leitmotif of decadence and death in situations of material precariousness; 3) the work of visual empowerment of the camera and the narrative structured by the characters’s agonizing retrospect.

keywords: Limite; Mário Peixoto; Modernism; Comparative Cinema; Experimental Cinema

Resumen

En un ejercicio de revisión de Limite (Mário Peixoto, 1931) en razón de las discusiones sobre el Modernismo brasileño realizadas en el centenario de la Semana de Arte Moderno, el artículo cuestiona el postulado historiográfico según el cual la película no tuvo precursores ni sucesores en Brasil. Centrándonos en los sucesores, señalaremos tres dimensiones de la posteridad de Limite en el cine brasileño: 1) la apropiación de imágenes del largometraje por parte de películas historiográficas; 2) la iconografía que refuerza el leitmotif de la decadencia y la muerte en situaciones de precariedad material; 3) el trabajo de autonomía visual de la cámara y la narrativa estructurada por la retrospectiva agónica de los personajes.

palabras clave: Limite; Mário Peixoto; Modernismo; Cine comparado; Cine experimental

Publicado em:

https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/206074/190199

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