Sinopse

O cineasta Eduardo Coutinho relembra as origens de seu envolvimento com o cinema, os percalços políticos começados com o golpe militar de 1964, a redescoberta de si mesmo nos idos de 1960-70 e o mergulho na experiência documental, com o Globo Repórter e a finalização de “Cabra marcado para morrer”. Cineasta documentarista, inventor do chamado “filme de conversa”, Coutinho é autor de diversos filmes, nos mais variados suportes. Nos anos de 1950, estudou no Institut des Hautes Études Cinématographiques, na França. Trabalhou em cinema desde a juventude. Foi roteirista, gerente de produção e diretor. Entre 1975 e 1984, integrou a equipe permanente do célebre programa “Globo Repórter”, marco da relação entre televisão e produção cinematográfica no Brasil. Após uma série de percalços ligados ao regime militar de 1964-85, a conclusão de seu filme “Cabra marcado para morrer” (1984) deu-lhe grande notoriedade entre a crítica. Posteriormente ao sucesso de “Cabra”, Coutinho dedicou-se a trabalhos de inclinação antropológica, tomando o caminho de um autêntico inventário cultural do Brasil contemporâneo. Seu filme “Santo forte” (1999), atento à religiosidade heterodoxa do brasileiro, tornou-se um clássico da produção documental nacional, sendo hoje utilizado como obra de apoio em cursos de ciências sociais, antropologia e psicologia. “Santo forte” marcou também uma sensível intensificação na produção do diretor, que realizou, desde então, sete outros filmes. Premiado no Brasil e no exterior, Eduardo Coutinho recebeu o prêmio Fipresci (Fédération Internationale de la Presse Cinématographique), por “Cabra marcado para morrer”, no Festival de Cinema de Berlim, em 1984. (Baseado em CB/Documentação Diversa)